sexta-feira, agosto 01, 2008

poema quiral

não antecipo o silêncio
ainda que emudeça sempre
em teus olhos a lágrima
estéril e estiolada

não vago à noite
no mar da ressaca
sou incólume à sorte
sigo e vou no vórtice

mas também não te espero
exonero os demônios no cubo
gelo tanto faz hoje amanhã
é tudo o mesmo e atroz

4 Comments:

Blogger Ivan said...

Resolvo comentar mais tecnicamente, então:

Primeiro, desculpe a ignorância: por que "quiral"?

Segundo: o mar da ressaca não quebra só de manhã, ou ali pelas três da tarde, nos casos mais graves?

Por último: "atroz" tem origem etimológica na cor negra, e esse último verso me pareceu longo demais -

de qualquer modo: legal o poema, continue mandando bala - as observações foram só pra chatear, que é o que eu sei fazer bem, modéstia às favas...

terça-feira, agosto 05, 2008  
Blogger Ivan said...

Ficou melhor assim mesmo -

eu me agradeço e amaldiçôo por ter contribuído.

sexta-feira, agosto 15, 2008  
Blogger Ivan said...

Piá: veja o link que postei e surte.

sexta-feira, agosto 15, 2008  
Anonymous Anônimo said...

"Quiral, que conduz ao termo quiralidade, é um termo usado em Química, para definir objectos não sobreponíveis à sua propria imagem no espelho". Se for esse o sentido, a mensagem da tua alma nesse belo poema, então digo asseverando: sim, ele tem endereço e destinatário(a) certo(a)!
Beijos nas palmas das tuas mãos!

quinta-feira, agosto 28, 2008  

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