poema quiral
não antecipo o silêncio
ainda que emudeça sempre
em teus olhos a lágrima
estéril e estiolada
não vago à noite
no mar da ressaca
sou incólume à sorte
sigo e vou no vórtice
mas também não te espero
exonero os demônios no cubo
gelo tanto faz hoje amanhã
é tudo o mesmo e atroz
não antecipo o silêncio
ainda que emudeça sempre
em teus olhos a lágrima
estéril e estiolada
não vago à noite
no mar da ressaca
sou incólume à sorte
sigo e vou no vórtice
mas também não te espero
exonero os demônios no cubo
gelo tanto faz hoje amanhã
é tudo o mesmo e atroz
4 Comments:
Resolvo comentar mais tecnicamente, então:
Primeiro, desculpe a ignorância: por que "quiral"?
Segundo: o mar da ressaca não quebra só de manhã, ou ali pelas três da tarde, nos casos mais graves?
Por último: "atroz" tem origem etimológica na cor negra, e esse último verso me pareceu longo demais -
de qualquer modo: legal o poema, continue mandando bala - as observações foram só pra chatear, que é o que eu sei fazer bem, modéstia às favas...
Ficou melhor assim mesmo -
eu me agradeço e amaldiçôo por ter contribuído.
Piá: veja o link que postei e surte.
"Quiral, que conduz ao termo quiralidade, é um termo usado em Química, para definir objectos não sobreponíveis à sua propria imagem no espelho". Se for esse o sentido, a mensagem da tua alma nesse belo poema, então digo asseverando: sim, ele tem endereço e destinatário(a) certo(a)!
Beijos nas palmas das tuas mãos!
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