eu hei de amar uma pedra
teus olhos oblíquos são uma isca
teus seios ciclópicos beliscam
a fina tez da seda irritatiça
és uma bisca desvairada e cínica
mas eu pobrezinho me arrisco
e caio inocente feito um patinho
na sua lábia de gatinha arisca
saltando trapezista no vazio
e enquanto te chamo de benzinho
alinhavando uma balada triste e sozinho
tu exercitas sabiamente a fama rindo
à socapa secretamente e divina
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