quinta-feira, março 08, 2007

sinuca de fígado

te calo espreito estreito no ensejo do azo
aguardo o tempo do silêncio palmo a palmo
quando entre formos a fumaça incêndio e fogo
queimando a lua em sangue no fim da alameda

meus olhos cadentes vaticinam em teu corpo
(enquanto do teu pescoço pendem estrelas)
nosso destino a sorte de pequenas mortes
(ainda que nada penda das tuas orelhas)

até lá constelações à parte e à esquerda
(nossas bocas sessam decifrando as sendas)
o verso não fazemos então eu escrevo
(intenções tecidas más sisal nos dedos)