a tua destra grande cara
traçou à testa a cicatriz
pergaminho inscrito à revelia
praga nefasta farta meretriz
à risca desse quisto é certo quis
romper o incesto ao pouco caso
teria sido o fim revés da barca
fato consumado e aziago
rombo neste casco desalmado
e o que fazer se o diz o malfadado
escangalhada a canga do infeliz
entretecida a teia por um triz
4 Comments:
Fato consumado!
Bjs.
Isso me parece poesia surrealista, legal demais. É a mostra do sentido naquilo que já não faz sentido, ou talvez só faça sentido para alguns. Pois o mundo que é certo para alguns é torto para outros.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
Bela imagem, Will. E tem o lance que já te falei, de dar, como se diz, um novo significado fonético (de percepção íntima) à palavras mais populares. Esta fusão de estrutura rítmica complexa composta de melodia e imaginário fortes aliado ao popular é uma façanha e tanto. O que resulta num significado muito peculiar e novo para a palavra infeliz. Me sou então bastante triste o poema, mas esta interpretação é extremamente pessoal. Muito bom, cara. Abração
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