rembrandt
novamente (old mill)
perco o prumo e a dor me trampa
um passo à frente me trinca as lentes
dantes com um rabo de arraia
a raiva e o ranger de dentes
são o menor dos intentos
se mesmo à noite ruiva
semeio veneno nas serpentes
sigo de qualquer jeito o vento ao mar me despeja
e roo a corrente da ânsia
deixo ao porto desolado a poeira
o sal é o meu deserto
donde aceitarei o pacto
pelas vias macabras
das vagas ordinárias
3 Comments:
Semana passada escrevi um poema durante momentos de folga no trampo e mostrei pro Filippo - na hora em que avisei "está meio William Teca esse poema" ele falou "foi bem isso que eu pensei" -
depois de algumas conjuminações postei o poema - veja lá...
E sobre essa imagem de quadro do Rembrandt, me lembrou um desenho animado - fiz uma busca no iutube e não deu outra:
http://www.youtube.com/watch?v=MYEmL0d0lZE
e, finalmente, sobre esse poema, está muito bem feito, mas pra não deixar de ser ivan, voto pela quebra do verso 8:
sigo de qualquer jeito o vento ao
mar me despeja
querido,
eu caminhei imagem por imagem, a parecer num lago nascísico e nem nadei. nada! ai, eu adoro essas propostas, mas quedê, quedê? (pouco sutil? às vezes mastigado é bem gostoso. mordiduras :p)
velha-mente
: a dor é boa, inda que breve
a olhar abismos inferteriores
(cromossomos)
raiva desse mar que não me despeja nesse frio
inteiro nosso calor.
hm. e se vagássemos ordinaria-mente
por aí
a semear poesia
por todos os caminhos?
"meio" que já fazemos, hm?
esse beat me bate uma vontade de ser...
Oi.
Obrigado por acessar e pelo comentário.
Fico feliz que tenha gostado do Blog, pois a intenção é agradar Homens [Fetiche] e Mulheres [Calçados/Dicas].
Tenha uma ótima quarta-feira.
Abraço.
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