quinta-feira, março 05, 2009


foto: jan saudek

venço pois me verte o verso
perplexo reduzo ao absurdo

me empenho no nada
ao sacrifício do abismo
mas seu umbigo é o nicho
difícil de conquistar

persigo abstruso
a chave de um mundo
pra te proclamar

minha velha menina
além da altitude
a sina nos une
a voz e a fera

8 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Espera repartida...

quinta-feira, março 05, 2009  
Anonymous Anônimo said...

é...uma eterna batalha, rs! Lembra-me de espadas, suores, medievalismo, épico, reinos etc. Belo poema. As rimas estão muito bem elaboradas (abismo x nicho, absurdo x abstruso) No entanto, não gostei da foto, rss...abração, velho.

sexta-feira, março 06, 2009  
Blogger nina rizzi said...

verso, re-verso. revestrés. tudos.
é bom te ler. demais.

sábado, março 07, 2009  
Anonymous Anônimo said...

Coisa amada, uma coisa linda essa que vc fez, além de todas as outras que não publica.

Te amo, esse realmente achei especial. Mais que os demais.

terça-feira, março 10, 2009  
Blogger Ivan said...

Eu vou fazer um comentário xaroposo, mas com boas intenções -
Maiakóvski escreveu no Como fazer versos que nenhum verso deve ficar pendurado no poema (com isso quis dizer que eram necessárias rimas - que ele primou por inventar e exercitar - ou jogos sonoros, ou alguma coisa tchuns, enfim...) - penso que isso vale mais ainda para o verso final dum poema - e assim, recomendaria semidesabalizadamente que o verso final desse poema fosse "a fera e a voz", que me soa com um algo mais de definitivo...

quarta-feira, março 11, 2009  
Blogger tecatatau said...

grato pelo comentário preciso IIIVVVAAANNNnnn...
entretanto devo me defender e dizer que não creio que meu verso esteja pendurado, ele é que segura a rima de "minha velha MENINA" ("a voz e a FERA". além do mais devo apontar que como eu gosto de escrever explorando vários sentidos na interligação dos versos e das palavras (digamos um enjambement bem ao extremo que um dia dominarei com maior precisão), se eu inverter o que usei, certamente haveria uma guinada de sentido que não me agradaria e não me agradou mesmo durante o processo de concepção. e quanto à procura de soluções poéticas, creio que as utilzei a contento neste poema, experimente respirar em momentos alternados quando você o ler, daí você vai entender o que eu quis dizer. abração, meu velho.

quarta-feira, março 11, 2009  
Blogger Ivan said...

Sim, compreendo (meio a contragosto, está claro) a tua defesa - então vou sugerir uma inversão em "minha velha menina" (para "minha menina velha") que assim a rima toante funciona de verdade...
Tá, isso foi meio sacanagem,
mas respire em momentos sucessivos quando você ler isso...

quarta-feira, março 11, 2009  
Blogger Lídia said...

Onde estará a chave?
=)

Realmetne gosto de te ler.

quinta-feira, março 26, 2009  

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