sexta-feira, janeiro 23, 2009


dali, mulher sentada nua, 1960


piegas

i

cada dia a mais
é um dia a menos
negros seriam seus olhos
enquanto verde é o seu medo

tracejo ensaio ensejo
engano o engodo
e não temo fundir
o seu metal pesado

desaguo sem reticências
essências no seu aquário
querer se querer é mais
do que os seus álibis


ii

poético demais
num dia sem rimas
não dou tempo
de voltar atrás

sua melodia dia a dia
em meu poema é mais

nada comum flutua
a tatuagem em meus olhos
o entulho a vida

vento em seu corpo é luz


iii

preciso navegar seus seios
encontrar o meio
do seu caminho
do meio

a paz e o sossego

sei o se quis o
ou bem jazer no
risco


iv

outrora atrás
assaz na frente
ventre contra ventre
e o que vier depois

depor contra a gente
inteligentemente a sós

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

teca!
tá bom, meu chapa.

giulianoquase.

sábado, janeiro 24, 2009  
Blogger Lídia said...

Difícil tecer comentários sobre obra tão linda!
=)

sexta-feira, fevereiro 13, 2009  
Blogger nina rizzi said...

nossa. belíssimo. e até ofereci.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009  

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