foto: ed fox
a torre
donde a estrela estanca em teu olhar
jaz oblíqua à guisa de dúvida abstrusa
cruza meu caminho a donzela estulta
cria espúria a fúria do querer depois
trotando a cobra dá o bote à luz
indiferente tu segues e seduz
plagia o sol desoladamente
enquanto o horizonte te conduz
ao teu encalço escasso contumaz
mais dou sentido ao teu receio jus
persigo a tua sombra de entremeio
e o teu cheiro a minha palavra restitui
1 Comments:
donde a estrela estanca em teu olhar
jaz oblíqua à guisa de dúvida abstrusa
lindo esse poema. esse trecho especialmente.
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