segunda-feira, janeiro 05, 2009


foto: ed fox

a torre

donde a estrela estanca em teu olhar
jaz oblíqua à guisa de dúvida abstrusa
cruza meu caminho a donzela estulta
cria espúria a fúria do querer depois

trotando a cobra dá o bote à luz
indiferente tu segues e seduz
plagia o sol desoladamente
enquanto o horizonte te conduz

ao teu encalço escasso contumaz
mais dou sentido ao teu receio jus
persigo a tua sombra de entremeio
e o teu cheiro a minha palavra restitui

1 Comments:

Blogger Mariana Botelho said...

donde a estrela estanca em teu olhar
jaz oblíqua à guisa de dúvida abstrusa


lindo esse poema. esse trecho especialmente.

segunda-feira, janeiro 05, 2009  

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