quinta-feira, novembro 06, 2008



olhai o lírio dos campos

eu conheço a coreografia dos seus gestos
a fúria do seu corpo quase quieta

quando rasga as veias e saboreia o gozo
eu sei a primazia dos seus sonhos

seu jeito bobo de falar estranho simulando medo

sob as cobertas dando de ombros
pra ganhar a palavra certa

na ponta dos meus dedos a geografia do seu sexo
o segredo do universo

sussurrado na cama
cúmplice perfeita dos nossos invernos

6 Comments:

Blogger Lídia said...

É bom saber que meus poemas não estão mais tão sozinhos jogados nesse mundão virtual... Que tem outros conversando com eles!
=)

quinta-feira, novembro 06, 2008  
Anonymous Anônimo said...

Com essa poesia você toca a alma de qualquer mulher! Bravo!
;)

quinta-feira, novembro 06, 2008  
Blogger Lídia said...

Trabalho a quatro mãos deve ser difícil, não? Principalmente para pessoinhas egoístas como eu... ;)
Mas geralmente eu gosto de brincadeiras...

quinta-feira, novembro 06, 2008  
Blogger Giuliano Gimenez said...

amén!
teca

quinta-feira, novembro 06, 2008  
Blogger Lídia said...

Mary Shelley sempre me assutou com seu Frankstein. Mas vou te seguindo por aqui, adicionei teu blog à minha lista, pode?
=*

sexta-feira, novembro 07, 2008  
Blogger Átila Siqueira. said...

De todas as poucas vezes que eu vim aqui, esse poema até agora foi o que eu mais gostei. Falou em poucas palavras, e narrou uma paixão que me pareceu voraz e intensa.

Gostei muito.

Um grande abraço,
Átila Siqueira.

segunda-feira, novembro 10, 2008  

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