olhai o lírio dos campos
eu conheço a coreografia dos seus gestos
a fúria do seu corpo quase quieta
quando rasga as veias e saboreia o gozo
eu sei a primazia dos seus sonhos
seu jeito bobo de falar estranho simulando medo
sob as cobertas dando de ombros
pra ganhar a palavra certa
na ponta dos meus dedos a geografia do seu sexo
o segredo do universo
sussurrado na cama
cúmplice perfeita dos nossos invernos
6 Comments:
É bom saber que meus poemas não estão mais tão sozinhos jogados nesse mundão virtual... Que tem outros conversando com eles!
=)
Com essa poesia você toca a alma de qualquer mulher! Bravo!
;)
Trabalho a quatro mãos deve ser difícil, não? Principalmente para pessoinhas egoístas como eu... ;)
Mas geralmente eu gosto de brincadeiras...
amén!
teca
Mary Shelley sempre me assutou com seu Frankstein. Mas vou te seguindo por aqui, adicionei teu blog à minha lista, pode?
=*
De todas as poucas vezes que eu vim aqui, esse poema até agora foi o que eu mais gostei. Falou em poucas palavras, e narrou uma paixão que me pareceu voraz e intensa.
Gostei muito.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
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