quarta-feira, dezembro 17, 2008


salvador dalí

canção da sesta

quoque tes sourcils méchants
te donnent un air étrange


asterisco sombria monodia
monolítica luz sereia estria
obscena iguaria obsequeia

reticente lente de brocado
vulgo rutilante acaso
júbilo de fino enfado

(enguia astuta enluta e mia)

trêmula ganja que jonga
a gelha estia no gajo
regeiro espúrio de scherzos

trinca de quadra catrapus
trampa trançada de pêlos
tecido pejo de fato

(vicária flor algaravia)

forro e pérfido libelo
no afago às cordas da ânsia
despetala cédulas e dança

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sei bem o que significa isso...Ah! A boa e velha contradição humana, ou seria uma filigrana da aporia?

quarta-feira, dezembro 17, 2008  
Anonymous Anônimo said...

a última palavra marca o ritmo do poema, véri gudi!


ps: quanto ao van gogh...devem ser os girassóis.

abraços

quinta-feira, dezembro 18, 2008  

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