sábado, março 13, 2010

vi

arpejo a sua pele de água lúcida
e a onda desata o nó da garganta
deslizando os pregos dos buracos

nos seus olhos englobo o vácuo
e uma palavra insulta leviana
mouca minha boca definha

seu corpo é uma esfinge lírica
e chicoteia audaz acicatando
as falanges no sono abrasivas

morro em suas ancas fugidias
assobiando o réquiem de um pássaro
passa em meu cortejo fátua melodia

então num silêncio de audaz post mortem
arquiteto labirintos e se dedico amém
ao nascituro inconcluso na sorte me selei

1 Comments:

Blogger Bela Bahia said...

William Teca, onde está você?

segunda-feira, junho 21, 2010  

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