foto: miguel soza
o corpo não emite palavra
na afinação do seu sono
a ternura cansada resumindo
todas as palavras na estampa
da sua boca e dos olhos esquecidos
em sua memória a arquitetura do espaço impudico
quem dera na autonomia do seu sonho
ser o déspota levado ao trono
pela sua indômita vontade de ser
a única mulher na minha terra
depois lançar o barco ao mar contigo
deixar para trás a sorte de todos os vícios
impregnados em nosso ofício de tecer
um o corpo do outro na força da maré
manter em pé um castelo de areia
encontrados no mesmo caminho impreciso
antes do sol refeitos na confusão do silêncio
esquecendo o conhecer e nos abandonando
ingressados apenas na preocupação de querer
1 Comments:
Muito bonito este poema, William. Eu só adoraria saber o que é aquela foto, rs.
A propósito, eu não mudei meu estilo não, o texto que está no meu blog não é meu.
Abraços
FMAN
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