quinta-feira, novembro 16, 2006

o logos e o acaso podem ser veneno ou antídoto, sobretudo quando acontece o enunciado venenoso ao qual somos permeáveis e vulneráveis, por puro acaso -- não há antídoto. resta apenas torcer que a palavra -- venenosa -- seja absorvida por um amigo e nunca passada à nossa rede sangüinea, a menos não enquanto não passar um bom tempo. há muita coisa que não é necessário dizer ou saber. e o melhor remédio contra a maldição -- veja-se a branca de neve -- é a beleza, mais especificamente a poesia. eu diria mais: uma tarde toda de poesia.

jaganathá

só porque lembrei do seu nome

quase te esqueço
quando me despeço
mas continuo preso
ao teu regresso

se invento um verso
nele o apreço do teu ventre
me perece entre os feixes do teu sexo

eu(não)não te quero
eu nada peço
e se ainda peco
é pelo teu avesso convexo


(parceria com ivan justen santana)