quinta-feira, dezembro 07, 2006

tive certeza de que uma hora ou outra este nó em mim iria se desfazer, mas nada. tentei diluí-lo e nada. será que terei que acabar comigo? hoje o dia está ruim, caminho sem rumo, me sufoco com algo que não quer sair. me abandono. não sinto vontade de mim, esqueci há quanto tempo eu não sei sorrir. pra isso não há cura. nem paciência, caso eu tivesse todo o tempo do mundo. mas não tenho.


pesar de mais um fardo
em meu inferno acabo
partindo um novo fruto
ao ventre do seu corpo

se acaso colho em mim
mais uma insônia em
meu olho é nada ou
pouca ainda flor

rosto entre tantas gotas
chuva que deslinda
e guarda à boca úmida
o gosto agridoce dos lençóis