segunda-feira, dezembro 18, 2006

clara cadeia de versos cujos
interstícios fenecem
infelizmente é o processo
da mão que se ergue
sutilmente e tece

primeira visão do tormento
cresce e do alimento
barro que apodrece faço
sol lua e promessas

não esqueço a febre e
nem que tu me esqueces
mas adormeço em teus braços
quase sempre

sexta-feira, dezembro 15, 2006

hoje é um bom dia para ir para o inferno. sem comer. sem dormir. sem escrever e fundamentalmente sozinho.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

tive certeza de que uma hora ou outra este nó em mim iria se desfazer, mas nada. tentei diluí-lo e nada. será que terei que acabar comigo? hoje o dia está ruim, caminho sem rumo, me sufoco com algo que não quer sair. me abandono. não sinto vontade de mim, esqueci há quanto tempo eu não sei sorrir. pra isso não há cura. nem paciência, caso eu tivesse todo o tempo do mundo. mas não tenho.


pesar de mais um fardo
em meu inferno acabo
partindo um novo fruto
ao ventre do seu corpo

se acaso colho em mim
mais uma insônia em
meu olho é nada ou
pouca ainda flor

rosto entre tantas gotas
chuva que deslinda
e guarda à boca úmida
o gosto agridoce dos lençóis