sexta-feira, agosto 01, 2008

poema quiral

não antecipo o silêncio
ainda que emudeça sempre
em teus olhos a lágrima
estéril e estiolada

não vago à noite
no mar da ressaca
sou incólume à sorte
sigo e vou no vórtice

mas também não te espero
exonero os demônios no cubo
gelo tanto faz hoje amanhã
é tudo o mesmo e atroz