segunda-feira, novembro 26, 2007





arcano xv

silencia o poema sob o seu encalço
encadeando passos cascos largos gastos

desejava a verve rente ao visgo a vesta

veia no ferrão entristecida a serpe
retilínea vingança fixa frouxa investe

delineado olho a astuta imunidade corta
o fio e o azo avessa a intenção entorta
sestra cerra o senho e se indigesta

pianissimamente da capo
caput
ma non presto
a corrida do ouro

gotas de fumaça
queimam a existência
nestes dias sem oxigênio

o tédio renitente
esteriliza os diálogos

catalogo os parágrafos
mas as palavras não
chegam aos pés da página

se ao menos a chuva
deschavasse granizos silabados

com que sofreguidão
afogarias as bocas escancaradas